sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vestido Estampado



Acabou, agora tá tudo acabado
Seu vestido estampado dei a quem pudesse servir
Agora que eu não posso mais caber em ti
Não quero te ver.

Dizem que você não quer mais me olhar
Como velhos desconhecidos
Se você não me escuta, eu não vou te chamar!
O amor que eu dei não foi o mesmo que eu vi acabar...
 O amor só mudou de cor, agora já tá desbotado.

Corra, lá vem a tristeza atirando pra todos os lados!

Pegue o vestido estampado,
Guarde pra um Carnaval
Guarde que eu nunca te quis mal.
Até o feriado, quarta-feira de cinzas e tá tudo acabado...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Você

Eu estava fugindo, mas a sua mão segurou minha cintura frágil. E viva a cintura!
Fonte de sensações maravilhosas quando estimulada corretamente.
Sentia uma mistura de sentimentos, sentidos eu já não tinha.

Era frio e muito tarde, adoro surpresas! Um chocolate? Uma flor?
Não, nada disso, apenas um rápido e súbito movimento que me fez ficar presa no teu corpo.
Dedos entre os cabelos quebra todas as regras.
Um copo de vinho na outra mão, logo um apoio se fez.
Beijinhos nos pés, uma conquista perfeita. Meias que se confundem com a pele branca terminam logo acima.
Mãos que abraçam que apertam, que se prendem, unhas, força, um pouco de dor.

Sua mãos eram maiores do que a minha e naquele momento  me tornei pequena pra você.
A luz das velas já estavam no fim, o frio continuava, o dia amanhecia e eu perdida, parada no tempo.
As cortinas iam e vinham, a peça já tinha acabado e o palco era nosso, nos meus ouvidos ainda estão os últimos aplausos vindo de longe, arquibancadas que sustentam minha vida.
Você vem e me assiste, você vem e me prende, você não me deixa nunca.

Sinto sua falta, sinto saudades, sinto medo de nunca mais poder te ter.
De lembrar da tua face já provoca espasmos, me aquece, me desmancha.
Mais do que isso, mais do que eu espero é o que você possa me oferecer.
Onde você mora? Nos meus mais profundos sonhos e desejos, no fundo da minha carne.
Se existem marcas, são pra não esquecer o que fez por mim.
Mais do que isso, nada que você não pode fazer.

Eu arrepio, eu suspiro, eu respiro...eu grito.
A gente dança, eu me deixo levar, eu fico leve mais do que nunca...
Você me ensina o que eu não sei, você é mais do que eu esperava, você me surpreende.
Você me olha, você me domina, você me tem.
A parede é fria, meu corpo treme,  você cuida de mim, me aquece, me enlouquece.

A vida me deu escolhas e eu só quero você...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Meu palco


Você com seu jeitinho doce, de tão doce já me derreteu...
Sua presença essa noite seria uma honra.

Se eu pudesse te arrancava desse buraco que você vive e te trazia pra terra das maravílhas, pois a festa já vai começar.

Meu chapéu de mágico já está cansado de te esperar, eu danço, eu corro, mas você nunca vem...
Faço estripulias no meu palco, até a platéia se desmancha de sorrir...
Mas o convidado especial nunca está por perto.

Meus poros se dilatam e meus sentidos se atentam quando me liga, quando me atropela com tua intensidade na rua seus passos correm atrás dos meus, você brinca, você me cansa...
Chove devagar e você traz um milhão de guarda-chuvas!
 Tonto! Eu só quero você!

A banda já subiu ao palco e eu aqui fora esperando sua doce presença.
Meu coração palpita parecendo um trem desgovernado, mas que sabe onde quer chegar.

Já é meia noite, o feitiço está no fim...
Ouço bem baixinho um sussurro, um perfume no ar, uma brisa leve...passos em minha direção...
Quem será?