domingo, 31 de janeiro de 2010

Meninas más...



Vim trabalhar na minha mente, cabeça e coração o porquê do título ''meninas más''.
Andei pensando, que é o que eu mais faço ultimamente, pensar...
E vi nesta minha pequena vida de olhares sublimes a maldade feminina subvertida literalmente.
E não é só o ser feminista que está invadindo a terra, os costumes e mudando a geração que está por vir.
Culturas estão sendo transformadas por mulheres fortes e de força, pois existe uma diferença entre esses tipos de mulheres, mulheres fortes são irredutíveis, mulheres de força usam a força de maneira sábia e não perdem a doçura.
São potes de mel cheios de amor pra dar, mas super heroínas de si mesmas, independentes psico-financeiro-mental-físico de qualquer força masculina ou seus predominantes.
São uma geração de meninas e mulheres pré-conjugadas más, por deixarem a face do romantismo antigo não fazerem parte de suas vidas, não sonham mais com o príncipe no cavalo branco, não acreditam em histórias de livro encantado, mas são sensíveis, são conscientes e nem por isso deixam de viver grandes amores.
Nossa cultura machista está se desmanchando com a invasão de meninas e mulheres más.
Elas são más porque tem o poder de sedução em suas mãos e corpos, são más por não permitirem que abram a porta do carro, que se deixe empurrar a cadeira num belo jantar num restaurante italiano...
Elas são independentes, elas pagam a  conta, elas assustam com sua independência, elas dominam.
Elas são más. Elas desejam, elas possuem, elas querem , elas conseguem.
Elas choram, fazem birra, fazem caretas, são mimadas quando permitem, gritam quando ficam loucas.
Não ligam pra regras e não se deixam levar, são seguras de sua beleza e confiam no próprio taco, não ligam no dia seguinte e comem pouco no café da manhã.
Conheço muitas mulheres assim... H.Priscilla, Anelly,M.Luiza, Isabela, Tatiana...são algumas que de perto vejo a verdade de meu texto se cumprindo...
Lindas elas são, amigas e companheiras, melhor do que qualquer papo masculino numa mesa de bar, meninas más...acho que não, elas estão mais pra meninas amigas super poderosas, isso sim!

Cotidiano musical

''Vai ser difícil vai...encontrar um amor como o seu ai...
Como dói no meu peito, seu gosto é bem do jeito que eu gosto...
Bem do jeito.
Lamento...
Que é só mais um lamento entre tantos já feitos,
Quisera desse jeito lembrar de outros tempos, só pra matar um pouco a saudade, mesmo assim querendo que você não ouça...
Meu grito aqui de longe minha dor, meu lamento...''

Por Maria do Céu, com você na minha cabeça.

Deserto...


Havia uma menina com a boca seca tipo aquelas ''código de barras'' seca, quase desidratada, procurando no deserto das emoções algum oásis úmido onde ela pudesse se afogar, ela corria, se cansava, mas não se entregava, apareceram várias miragens, quase reais onde ela se entregou, mas junto com o vento elas desvaneciam feito poeira.


Seu vestido já estava cansado de tanto rodar no sol escaldante do deserto do amor, ela procurava uma sorveteria, ela não encontrava, ela chupava os dedos melados ainda do último caramelo, mas ela queria mais, ela não se cansava, ela ia sempre pra frente, sempre em frente, o calor do sol estava se indo, se despedindo com muita tristeza, o medo da noite veio, mas ela continuava, e seu vestido balançava e seus dedos gelados tremiam, ela viu a lua iluminando a escuridão, ela se vestiu de alegria, pois ouviu uma voz, lá de longe ele, uma forma mais simples de homem chegava, ele gritava, ele corria...

Ela, corpo pequeno, mãos macias, unhas curtas...pés descalsos, areia fria,nuca de fora... refrescando a alma...

Olhos fitados, coração duvidoso, pescoço pedindo um beijo...

Ela se confundia, ela chorava, ela sorria...

Ela não sabia o que era coração, ele não sabia o que era paixão. Os corpos se encontraram, o sorvete já não era tão importante, havia água suficiente na alma pra hidratar a mais seca terra, rios se encontraram fazendo turbilhões de águas flamejantes, quase quentes, quase queimando a pele.


Se soubessem que estavam tão perto, não teriam corrido tanto pra se encontrar. Se soubessem ler o futuro, não teriam chorado, não teriam sofrido...

Esse dia só chegou porque eles mereciam, porque eles escolheram se encontrar.

O que é mais do que a vontade de matar quem te mata, o que é mais importante do que um doce encontro...a saudade é o cúmulo absurdo acumulado da vontade de se ver.